Nestes dias fui lendo as mais variadas cartas que chegaram ao Papai Noel através dos Correios através de uma parceria que a Associação Comunitária e aquela instituição firmou.
Pude ler atentamente cada uma, cheguei a chorar, lembrar do meu passado tão sofrido que se comparado com o atual momento já vencir muitas barreiras e me peguei em um profundo pensamento sobre a realidade das crianças e de muitas famílias.
Uma das cartas que mais me chamou a atenção foi a de uma criança que pedia uma bicicleta, ele tem 10 anos, reside no Democracia e não tem bicicleta para vim para a escola e ainda por cima sofre de ataques epiléticos.
Ele como quase todos me disse na carta que os pais estavam desempregados e por isso não poderiam lhe dar um presente.
Nessa Carta eu pude concluir que aquela criança, que mesmo sendo criança ver na educação a perspectiva de dias melhores, de um futuro promissor que vai garantir um bom emprego.
Outros que escreveram pediram notebok, vídeo game e outros objetos, mais não souberam conquistar seus padrinhos com argumentos convincentes.
Teve criança que pensando em 2011 pediu material escolar para estudar e também me levou em prantos, pois me recordei que em determinado ano já no ensino médio uma professora foi que financiou meus cadernos.
Pra você conferir de perto que o estado e o município através de seus órgãos ainda está distante de cumprir o papel social que é obrigação, pelo menos garantir uma educação de qualidade.
Neste fim de ano muitos falam em perdão, muitos falam em ceia, muitos falam em culto de agradecimento, mais esquece de pensar no próximo que muitas vezes não pode comprar o peru, comprar a picanha e até mesmo aquele delicioso vinho.
Fico a me perguntar:
Como pode centenas de cristão (pertencentes as mais variadas seitas religiosas) se reunir em belas ceias e esquecerem os seus semelhantes?
Do que adianta ser santo e não promover a caridade que é o amor?
Como posso ajudar outras pessoas que não tiveram as mesmas oportunidades que eu?
Devemos perdoar apenas neste momento de Natal?
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