O país vive um tempo de dificuldade econômica ocasionada pela crise
moral que tomou conta do contexto político. O cenário econômico do
estado não é dos melhores e muito menos das cidades acreanas.
Os fatos que vamos relatar sempre aconteceram embora seja uma
determinação constitucional a “harmonia” entre os poderes, ainda existem
aqueles que insistem em fazer o contrário e nesse momento difícil para a
nação, as suas convicções políticas ideológicas ultrapassadas tentam
atrapalhar o crescimento da democracia.
Como se atrapalha o crescimento da democracia? Buscando separar as
ações dos governo federal, dos estados e dos municípios. Ou mesmo,
distanciando os demais poderes das agendas políticas. Ora, o Artigo 2º
assegura que “São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si,
o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. É bem simples, a
interpretação do texto constitucional quando observamos os objetivos das
esferas governamentais que é a promoção das políticas públicas voltadas
a promoção da saúde, educação, segurança pública e tantos outros.
Quando isso não acontece algum dos entes das engrenagem estão
deixando a desejar, ou mesmo aqueles que estão à frente. É salutar ver a
união institucional dos entes públicos na realização de suas
obrigações, entendo não serem elas um favor para a coletividade, e sim o
retorno daquilo que os cidadãos investem na máquina “estado”, nele
compreendido governos federal, estadual e municipal.
É ultrapassado o argumento que Prefeito, vereador, deputado, senador,
eleito por um partido não pode manter parceria com o governo de outra
sigla. É imoral o argumento do qual determinado agente público no pleno
exercício de sua atribuição esteja tentando usurpar atribuições, quando
se sabe que determinada ação de governo só acontece mediante as
colaborações mútuas de entes públicos e os impostos pagos pelos
cidadãos.
A coletividade deve ser prioridade daqueles que exercem cargos no
legislativo, no executivo e no judiciário. Destaco com ênfase para o
executivo, poder responsável pela realização das políticas públicas. Em
tempo no qual todas as esferas de governo ou mesmo poderes da nossa
organização administrativa enfrentam crises de toda a natureza, não cabe
separar e sim somar para que a comunidade seja beneficiada.
Em todas as hipóteses seremos contra o puxa pra cá e o puxa pra lá,
pois é sabido, que temos uma determinação constitucional a unidade dos
poderes para a realização das ações de interesse público, independente
do besteirol ideológico daqueles que governam ou apoiam. O Brasil mudou e
os tempos são outros, só não percebe quem não se reciclou.
Gilberto Moura
Jornalista do Portal Quinari
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