No Brasil temos uma sensação de
impunidade que precisa ser superada dentro do que diz as leis e
resoluções construídas através do Sistema Democrático.
Sem delongas para ter noção desse
sentimento de impunidade, citamos casos de pessoas que às vezes roubaram
uma lata de manteiga ou mesmo um pacote de biscoitos e passam certo
período preso, mediante o que dizem as leis.
Não há que se questionar nestes casos as
aplicações das leis (embora prevaleça o senso de humanidade), temos que
entender que não existe em nosso texto constitucional a distinção de
renda, status, religião ou influência política para a aplicação das
penas.
Mais durante anos acreditamos que a
afirmação de que não há justiça para os mais ricos ou mesmo detentor de
mandatos imperou até juízes terem em mente o que diz o ditado “pau que
bate em Chico, também bate em Francisco”.
A condução do ex-presidente Lula para
depor era um fato esperado pelo povo Brasileiro. Essa condução não
prejudica ou mesmo atrapalha as investigações que correm em segredo e
visa desmontar o maior esquema de corrupção já visto no Brasil.
Não me causou espanto às manifestações
de solidariedade, os ataques ao Juiz do caso e a imprensa que vem
noticiando os fatos. Somos em síntese, produto do meio que vivemos, ou
seja, crescemos acreditando que só pobre vai preso e que não há cadeias
para ricos.
É notável que aqueles que se
manifestaram têm esse sentimento e acreditam que aqueles que foram
políticos, têm renda ou influência devem ter outro tratamento.
É de se comemorar a atuação da justiça,
da polícia e dos juízes que irão julgar os processos. O senso de
justiçamento (aquele que deseja que outro possa se ferrar) que há em
mente não deve prevalecer, mais uma coisa é certa, a corda também quebra
para os mais fortes.
Quando eu me tornar pai, contarei ao meu
filho: – A afirmação de que a corda só quebra para o mais fraco tem
suas exceções, e em tempos de instituições fortes, sistema democrático
consolidado, os intocáveis também são enquadrados.
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