Ano passado foi necessário o impedimento da presidenta.
Parecia que tudo iria se resolver diante daquele processo legislativo legal,
mais contaminado pelos variados interesses. Passamos essa etapa e logo veio a
notícia que o governo seguia atolado em corrupção e também planejou e aprovou
leis que afetam em choque aos trabalhadores e as classes menos favorecidas.
Voltamos a crise política. Reformas foram aprovadas e
medidas que só atingiram aos menos afortunados economicamente foram levadas ao público como instrumento de
salvação de uma pátria amada que reduz percentual da educação, saúde e
desenvolvimento social como se fosse de auxílios desnecessários gastos com as
iguarias do poder.
Segue no Supremo Tribunal Federal o processo relacionado a
operação lava-jato, um dos maiores e ridículos esquemas de corrupção do país.
Segue ainda no Tribunal Superior Eleitoral a ação
desfavorável à chapa Dilma/Temer, que se julgava pode impedir também o atual
presidente.
A justiça parece acenar para sua autonomia e independência.
O avião que transportava o relator dos
processos de delação da Lava-jato acaba caindo sobre o mar em um suposto
acidente aéreo.
O contexto político nacional é delicado. É atribuição do
presidente da república indicar para o senado votar um novo ministro. Podendo
este ser o responsável pelos processos. Isso coloca a classe política nacional
sobre suspeição.
Mais o que dizer de tudo isso? Fica cada dia mais difícil a
política nacional ter credibilidade e respaldo para fazer reformas
estruturantes no sistema democrático. Não devemos nesse momento pensar que a
ditadura resolveria, pois a mesma não teve denúncias tendo em vista que não
havia como denunciar, os que ousavam
estavam fadados a prisão.
A democracia por mais falha que pareça é um sistema segundo
Leandro Karnal onde as instituições funcionam, onde o controle social pode ser
exercido. E assim esperamos.
Gilberto Moura
Bel. em Teologia e licenciado em história. Pós-graduado em
psicopedagogia. Atualmente estudante de jornalismo da UFAC e editor do Portal Quinari
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